Descrição
António Dacosta nasce na freguesia de Santa Luzia, cidade de Angra do Heroísmo, no ano de 1914.
Parte para Lisboa em 1935, para estudar na Escola de Belas Artes, integrando-se rapidamente nos circuitos intelectuais da capital.
Entre 1939 e 1948 trabalha essencialmente dentro de um idioma surrealista, afirmando-se como uma figura de referência do movimento em Portugal.
Essa fase encerra-se com pinturas realizadas em Paris – onde fixa residência a partir de 1947, em que se aproxima da abstração.
Segue-se um hiato de trinta anos em que interrompe quase por completo a prática artística, dedicando-se à crítica de arte.
Retoma a pintura de forma consistente apenas no final da década de 1970.
Redescobrir as suas obras iniciais acentuou desejo de regresso à prática artística, levando-o a retomar gradualmente a pintura.
Assim, a atividade intensifica-se nos primeiros anos da década seguinte.
Em 1984 recebe o prémio AICA, Lisboa.
A partir daí e até à data da sua morte irá realizar um conjunto de obras diversas, identicamente notáveis, “cujo intimismo e a poesia são ímpares na pintura portuguesa contemporânea“.
A sua presença duplamente prestigiada, pelo passado e pela nova visibilidade que adquire na década de 1980, seria marcante na sensibilidade pictural desses anos em Portugal.
A 4 de fevereiro de 1989 é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.
António Dacosta faleceu em Dezembro de 1990.