Descrição
Carlos Calvet nasceu em Lisboa, em 1928.
Arquiteto de formação pela ESBAP, dedicou-se mais de 50 anos à pintura, tendo igualmente explorado no campo da obra gráfica, a serigrafia, a gravura e a litografia.
Fez também da fotografia um meio de expressão e chegou a experimentar o cinema.
Carlos Calvet, nos anos 1940, constitui o grupo “Os Surrealistas” juntamente com Mário Cesariny, Pedro Oom, Henrique Risques Pereira, António Maria Lisboa, Mário Henrique Leiria, Fernando José Francisco, Fernando Alves dos Santos e Cruzeiro Seixas.
O ano de 1966 marca o início de uma nova fase: “pop metafísica”, que caracteriza toda a sua obra posterior.
A sua afirmação no meio artístico português acontece nos anos de 1960.
Quando realiza obras que “se situam entre um informalismo de definição orgânica, próximo da abstração gestual“, em paralelo com outras mais próximas da abstração hard-edge.
Em meados dessa década fixa as premissas essenciais da obra futura, abordando um tipo de figuração conotado com a arte pop “à qual se junta um paisagismo onírico e metafísico” (veja-se, por exemplo, Misterioso, Ousa, 1978).
Povoadas por formas geométricas, por “estranhas arquiteturas e perspetivas, escalas e enquadramentos insólitos“, a que se associam “objetos do quotidiano cuja significação transcende a habitual“.
As suas obras tanto podem transmitir-nos momentos de ironia como alusões a ameaças apocalípticas e maus presságios…
E as frequentes referências esotéricas conferem a muitas pinturas um caráter obscuro, hermético.
Premiado pelo C.A.M. – Fundação Calouste Gulbenkian em 1983.
Realizou inúmeras exposições em Portugal e em importantes cidades internacionais tais como Tóquio, Paris, São Paulo, Chicago, Roma, Montreal, Frankfurt ou Madrid.
Faleceu em 2014.