Descrição
Columbano Bordalo Pinheiro nasceu em Cacilhas em 1857.
A sua formação artística desenvolveu-se em ambiente familiar, entre os estudos de pintura holandesa e flamenga, exigidos pelo pai, o artista Manuel Maria Bordalo Pinheiro, e o contacto com o realismo, sob influência do seu irmão mais velho, Rafael Bordalo Pinheiro.
Aluno pouco assíduo da Academia de Belas-Artes de Lisboa.
Columbano Bordalo Pinheiro estreou-se nas exposições da Sociedade Promotora das Belas-Artes com pequenos quadros de género, na década de 70.
Em 1880 obtém o pensionato particular da Condessa d’Edla para uma estada em Paris.
Antes de partir, realiza um conjunto de pinturas, importantes pela observação crítica e irónica de ambientes burgueses portugueses.
Realiza, já em Paris, “Concerto de Amadores”, obra intimista de grandes dimensões, recusada no salão da Promotora de 1883 e mal-entendida por uma crítica artisticamente pouco preparada.
Realiza várias decorações em palacetes particulares, como o Valenças, Museu de Artilharia.
Sala dos Passos Perdidos da Assembleia da República, onde regista, em vastos painéis, um interessante conjunto de políticos contemporâneos que associa a figuras marcantes da História de Portugal.
Dedica-se preferencialmente ao retrato de amigos e familiares, nos anos 80.
Usa tonalidades claras, que posteriormente escurece, nos retratos de intelectuais portugueses.
Na viragem do século, numa característica pintura em mancha e tonalidades, terminando numa obsessiva preocupação pelo tratamento da luz que desmaterializa a figura.
Pioneiro do realismo, as suas obras referenciam artistas como Velázquez, Rembrandt, Manet, Degas, Courbet, Fantin-Latour.
Amigo de Sargent, próximo da estética do alemão Leibl, Columbano constrói uma original modernidade.
O artista faleceu em Lisboa no ano de 1929.