Descrição
Um dos maiores expoentes do surrealismo português, Artur Manuel Rodrigues do Cruzeiro Seixas.
Nasceu na Amadora a 3 de dezembro de 1920, falecendo em 2020, a poucos dias de cumprir cem anos de vida.
Um século de criação intensa e genial, que fez de Cruzeiro Seixas uma das figuras maiores das artes plásticas nacionais de sempre, além de soberbo poeta.
O artista estudou na Escola Artística António Arroio em Lisboa.
Começando a sua carreira nos domínios do neorealismo, antes de transitar para a esfera do surrealismo, em finais da década de 1940.
Homem do mundo, trabalhou na marinha mercante e viveu cerca de 15 anos em Angola, onde começou a fazer exposições individuais e a aprofundar a sua arte.
Em 1964, abandonou Luanda e viajou pela Europa.
Onde teve contacto com os grandes artistas, galerias e museus do seu tempo.
Regressando a Portugal em 1967 com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em Lisboa, além de uma intensa atividade criativa, colaborou com as galerias 111 e São Mamede (esta última que dirigiu de 1968 a 1974).
Divulgando outros artistas e ilustrando e colaborando em edições e antologias.
Também foi diretor da Galeria da Junta de Turismo do Estoril (de 1976 a 1983).
Assim como da Galeria de Vilamoura, no Algarve (de 1985 a 1988).
Por fim, participou em exposições coletivas em França, Brasil, Bélgica, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Alemanha ou México. Em 1999, como nos conta o DN, doou a totalidade da sua coleção à Fundação Cupertino de Miranda, de Vila Nova de Famalicão, para a constituição do Centro de Estudos do Surrealismo e do Museu do Surrealismo, entretanto criados, existindo hoje o Espaço Cruzeiro Seixas, na Fundação, com uma exposição permanente.