Descrição
Artista plástico português, de seu nome completo Eduardo Luiz Teles Fernandes Gomes, nasceu em 1932, em Braga, e morreu em 1988.
Era filho de um escultor, e com ele começou a ter lições de desenho. Entre 1943 e 1946 frequentou a Escola de Artes Decorativas do Porto, e depois, até 1952, a Escola de Belas-Artes da mesma cidade, estudando pintura. Logo em 1953 ganhou o prémio Jovem Pintura da Galeria de Março. Nestes primeiros anos de vida artística, dedicou-se também à dança, à música e à cenografia.
Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, partiu para Paris em 1958. Fixar-se-ia em França definitivamente. Então aí conquistou diversos prémios de prestígio.
Teve também oportunidade de expor em diversos outros países, nomeadamente Brasil, Espanha, Itália e Bélgica.
Ao longo das décadas de 1970 e 1980 desenvolve metodicamente um território que subverte o real através de dispositivos surrealizantes a que não é alheio o exemplo de Magritte.
Nas suas inclassificáveis revisitações das categorias tradicionais da pintura surgem alusões
à paisagem, à figura, à natureza-morta (veja-se, por exemplo, La Boucherie, 1980).
Revelando-nos um mundo onde “a ironia desliza para o humor, e este para o puro jogo infantil; mas imediatamente depois, o jogo gratuito torna-se humor negro e ironia sarcástica“.
A sua obra encontra-se assim representada em numerosos museus e coleções públicas e particulares, entre os quais o Museu de Arte Erótica de San Francisco, o Museu de Arte Moderna de Paris, a Secretaria de Estado da Cultura e o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1990 a Fundação Calouste Gulbenkian organiza uma importante exposição da obra do artista. Na qual ficaram patentes, em visão de conjunto, o seu apuro técnico, o seu perfeccionismo pictórico.
Em 1983, Eduardo Luiz foi condecorado com a Cruz de Santiago e Espada.