
Breve resenha da história da obra gráfica
- 21 Mar, 2025
- Posted by Galeria Rastro
De simples reprodução de originais ao estatuto de obras que se vendem por milhões!
O homem, ao longo da história, usou de tudo: “telas” de fios de cabelos humanos trançados e máscaras que vedavam a passagem da tinta, feitas com folhas de árvores e papéis. Perfuravam folhas de bananeira e, pelas aberturas, aplicavam tintas vegetais, decorando os seus utensílios.
A impressão por molde vazado, por estêncil, por estampa, desde há pelo menos 9 mil anos antes de Cristo, foi utilizada por egípcios, chineses, japoneses e romanos, com as mais diversas técnicas para imprimir tinta ou padrões, reproduzindo todo o tipo de imagens em sedas, armaduras, cobertas de cavalos, estandartes, barros, móveis, paredes, etc.
No mundo artístico, as reproduções através destas técnicas milenares foram menorizadas durante séculos, até que Andrew Warhola (1928, Pittsburgh, USA) surgiu com uma filosofia revolucionária:
“Recentemente, uma empresa interessou-se em comprar a minha aura. Não queriam o meu produto. Eles continuavam a dizer: ‘Queremos a sua aura’. Nunca descobri o que queriam. Mas estavam dispostos a pagar muito por isso. Então pensei que, se alguém estivesse disposto a pagar tanto, eu deveria tentar descobrir o que isso é”.
E foi assim que Andy Warhol descobriu qual era a “aura” da arte num mundo capitalista: a transformação de símbolos, marcas e ícones do mundo ocidental em arte. Bastava a assinatura do artista para que a reprodução da imagem de uma sopa de tomate Campbell adquirisse o estatuto de obra de arte maior.
Dessa forma, a reprodução de obras de arte através das artes gráficas deixou de ser menorizada e passou a ter um estatuto equiparado ao de um original. Os valores que as serigrafias de Warhol atingem no mercado da arte comprovam essa revolução: em 2022, ano de grave crise económica, a obra “Shot Sage Blue Marilyn” foi vendida em leilão por 195 milhões de dólares — a obra de arte do século XX mais cara de sempre!
Mais cara do que Les Femmes d’Alger, um original de Picasso que atingiu 169,7 milhões de euros em 2015 e que detinha o recorde até então. Repare-se: uma simples serigrafia vendida por mais do que uma obra única do génio da pintura mundial, Pablo Picasso!
Em Portugal, a obra gráfica dos melhores artistas nacionais também tem valorizado: Vieira da Silva, Paula Rego, Manuel Cargaleiro, Júlio Pomar, José de Guimarães, Noronha da Costa, Roberto Chichorro, entre outros.
Por exemplo, nos anos 80, as serigrafias de Manuel Cargaleiro vendiam-se por 50 a 100 euros. Hoje em dia, não se encontram por menos de mil euros!
Um exemplo mais recente: a leiloeira Veritas colocou à praça três litografias de Paula Rego. A que tinha base de licitação de 800 euros atingiu 1800 euros; a de 1500 euros subiu para 4000 euros; e a que partia de 5 mil euros foi vendida por 8 mil euros. A estes valores, ainda acrescem impostos e comissão da leiloeira!
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