Descrição
Jacinto Luis nasceu a 6 de Janeiro de 1945, em Maxieira, Fátima.
Em 1964 muda-se para Paris, onde em 1969 inicia os seus primeiros trabalhos em desenho e pintura.
Entre 1971 a 1975 foi bolseiro do Governo Italiano tendo frequentado a Academia das Artes, em Roma, Itália.
De 1982 a 1983 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris.
Viveu em Madrid de 1992 a 1997.
“Mundo contido e despido de presença humana mas denso e nunca estéril.
Onde se sucedem imagens crepusculares ou noturnas, com os seus céus sombrios, azulados ou arroxeados.
Viagem íntima, marcada por uma sensibilidade severa e grave, aqui ou ali mais melancólica e, no entanto, sempre plena de uma certa frescura.
Que resiste aos anos e é parte do talento e da maturidade de Jacinto Luis.
Destes vários contrastes se enriquece a obra, como se o insistente encontro com o mesmo tipo de temas, ou a busca da luz nas paredes lisas.
Na austeridade do traço, nos momentos silenciosos e parados, no tempo suspenso, na palidez delicada e leve da noite, também nos falasse de outros espaços de cor e movimento.
Porque Jacinto Luis dá voz às coisas, aos seus quiosques, igrejas, fábricas, pontes, telhados, cais, rios, praças, chaminés.
Como às suas naturezas mortas, outra faceta da sua inspiração de idêntica e expressiva e luminosa eloquência.
A beleza nasce da emoção que suscita esta realidade poética, feita de sortilégio e de inquietação, a dar densidade à ausência e a vestir a nudez das imagens.
Na solidão enganadora das suas telas ouvem-se os passos do pintor.
A guiar-nos pelos caminhos da criação e a devolver-nos o puro prazer da contemplação e dos seus infinitos mistérios.” Leonardo Matias