Malangatana

 Sem título
Tinta-da-china sobre papel
Dimensão: 51 x 36,5 cm
1965

A obra faz parte do livro “Malangatana” na página 76.
Editado pela Caminho.

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Descrição

Malangatana, nasceu a 6 de junho de 1936, em Moçambique.

Em 1961 fez a primeira exposição individual, organizada no Salão dos Organismos Económicos, em Lourenço Marques.

Malangatana continua a pintar, mas dedicando-se igualmente ao desenho, regressando aos seus pesadelos, delírios e sonhos.
A sua obra aproxima-se de mitos, de histórias e de objetos imaginários.

Em 1958, ingressou  assim no Núcleo de Arte, uma organização artística local, recebendo o apoio do pintor Zé Júlio.
No ano seguinte, expôs a sua arte publicamente, pela primeira vez, numa exposição coletiva, passando a artista profissional graças ao apoio oferecido pelo arquiteto português Pancho Guedes,

Em 1964, ano em que a guerra de libertação se inicia no Norte de Moçambique, Malangatana é acusado de colaborar com a FRELIMO e é preso pela polícia política portuguesa.
Durante dezoito meses conhece a dureza do regime colonial.
As suas obras vão refletir a monstruosidade da PIDE, como acontece com o quadro Monstros grandes devorando monstros pequenos, mas também com uma série de desenhos a tinta da China.

Malangatana é um grande conhecedor de rituais e mitos africanos e conhecedor da cultura ocidental.
Viaja para fora de Moçambique pela primeira vez quando recebe a bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.
Chega a Lisboa em 1971 para estudar gravura na Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses.
Frequenta  assim o curso de litografia com o gravador Humberto Marçal.
Malangatana faleceu em 2011 em Portugal.

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