Vhils: “O que tento fazer é parar o tempo”
- 14 Jun, 2024
- Publicado por Galeria Rastro
“O que tento fazer é parar o tempo, parar-nos, fazer-nos relacionar com o momento, humanizar as cidades, tornando-as tão lentas para vermos a beleza que perdemos no dia a dia”, é desta forma lapidar que Alexandre farto ou Vhils definiu a sua arte na recente entrevista que deu ao jornal Expresso.
Na mesma entrevista, Vhils conta-nos os projetos em que está a trabalhar: “Estamos a fazer a estação de metro de Orly, em Paris, em que parte da produção é feita em Portugal. Estamos a trabalhar com a Viúva Lamego, a reinventar uma nova técnica de trabalhar a cerâmica e o azulejo. Também temos um projeto com a Unesco, mais lento, num espaço muito interessante e importante. Não posso adiantar muito, porque está em processo. Temos outros projetos, no Japão, nos USA, em Portugal…”.
Na verdade, Vhils, aka Alexandre Farto, não consegue “parar o tempo” da sua carreira e, presentemente, já é considerado um dos dez melhores graffiters mundiais; já pouco resta do rapaz de 11 anos que tinha de fugir da polícia quando era apanhado a pintar comboios na margem sul do Tejo.
Vhils foi pintando e estudando em Portugal, mas a sua carreira ganhou outra dimensão no momento em que foi estudar para Inglaterra e quando o maior artista urbano do mundo, Bansky, o convidou a participar no Cans Festival, de Londres; e, a partir daí, não mais parou, a sua arte foi-se espalhando pelos cinco continentes, para cidades como Londres, Moscovo, Bogotá, Medellin, Cali, Nova York, etc.
O sucesso de Vhils foi tão meteórico que, aos 27 anos, já era considerado, pela importante revista americana Forbes, um dos “30 under 30”, uma exclusiva lista dos jovens menores de 30 anos mais influentes a nível mundial; nesta lista constavam apenas 3 portugueses: para além do próprio Vhils, a investigadora Maria Nunes Pereira e o futebolista Cristiano Ronaldo!
Tente “parar o tempo” apreciando as obras de Vhils que o Clube Rastro apresenta no seu site! Só assim, poderemos tornar as nossas cidades “tão lentas para vermos a beleza que perdemos no dia a dia”.